A revelação de Jesus

Quando Jesus for revelado do céu, os santos experimentarão a glória, mas os ímpios receberão a destruição eterna.

Em sua introdução aos Primeiros Coríntios, o Apóstolo Paulo descreve os membros da congregação como aqueles que estão “aguardando ansiosamente a revelação de nosso Senhor Jesus.” O Apóstolo conecta este evento ao "dia do Senhor.”

Paulo se refere a este evento glorioso como a 'Parousia' ("chegada"), o ’erchomai’ ("vinda") e a ‘epifaneia' ("manifestação") de Jesus, bem como sua “revelação" ou 'apocalipsis’. Ao comparar como ele aplica esses vários termos, fica claro que o mesmo evento está em vista em cada caso.

[Nascer do sol-Foto de Simon Wilkes (Londres) no Unsplash]

O Apóstolo aponta para essa esperança futura para encorajar os crentes em Corinto a progredir ainda mais em sua fé:

• "Para que não vos falteis em dom de graça, aguardando ansiosamente a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo, que também vos confirmará até o fim irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo"- (1 Coríntios 1: 4-9).

Paulo agradece a Deus por enriquecer os Coríntios em conhecimento e "dons”. No entanto, ao invés de supervalorizar os dons espirituais, eles devem lembrar que ainda estão esperando pelas glórias mais plenas que serão recebidas na revelação de Jesus.

A referência do Apóstolo a este dia introduz o tema da conduta justa, uma vez que Paulo repreende os Coríntios em sua carta por tolerar um comportamento inaceitável na congregação. É vital ser encontrado "irrepreensível nesse dia." Obediência e conformidade com o exemplo e ensinamentos de Cristo não são opcionais.

O termo "revelação", em Português, traduz o substantivo Grego 'apokalypsis', que significa "revelação; um desvelamento." O que antes era obscuro ou oculto ao mundo será revelado plenamente naquele dia, a saber, Jesus Cristo em toda a sua glória, e ficará claro, sem sombra de dúvida, quem pertence ao Senhor e quem não pertence.

Além disso, Deus "confirmará" os Coríntios "até o fim.” O termo grego traduzido como “até” significa que Deus continuará confirmando os crentes até o último momento. Entre outras coisas, Isso indica que alguns crentes ainda estarão vivos quando Jesus aparecer.

A palavra portuguesa "irrepreensível" traduz o termo grego aplicado a pessoas contra as quais as acusações legais não podem mais ser feitas (anegklétos'). Eles são "irrepreensíveis, inocentes, sem culpa." Ninguém fará acusações contra os santos quando estiverem diante do Senhor Jesus Cristo.

"O dia de nosso Senhor Jesus Cristo" é a adaptação de Paulo do termo e da ideia de “o dia de Javé” da Bíblia hebraica, o dia em que o Deus de Israel livrará seus filhos, julgará seus inimigos e concluirá a era existente. Ao acrescentar o nome “Jesus Cristo” a essa frase, Paulo centraliza essa antiga esperança no Nazareno. É através dele que Deus consumará todas as coisas. A frase “revelação de nosso Senhor” ecoa o dito de Jesus registrado no Evangelho de Lucas:

• “E disse Jesus aos discípulos:Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem, e não o vereis” – (Lucas 17: 22).

Da mesma forma, os seguidores de Cristo estão “aguardando ansiosamente” esse dia e sua presença. Será um dia de desvelamento-nada mais ficará oculto - não apenas porque o mundo verá Jesus, mas também porque o status irrepreensível dos Santos será confirmado e revelado para todos os homens verem, incluindo os acusadores dos irmãos.

EM TESSALÔNICA

Paulo expressa essa ideia em sua primeira carta aos Tessalonicenses, quando declara sua esperança de que Deus aumentará o amor deles por ele e pelos outros. Ao fazer isso, sua fé se tornará completa, capacitando-os a permanecer “irrepreensíveis” diante de Deus quando Jesus chegar - (1 Tessalonicenses 3: 11-13).

Em 2 Tessalonicenses, Paulo encoraja a congregação a perseverar em sua fé, apesar das contínuas “perseguições e tribulações.” Nesse ínterim, desde sua primeira carta, a perseguição aumentou. No entanto, a perseguição pelo mundo se torna:

• “Prova do justo juízo de Deus, para que sejais considerados dignos do Reino de Deus, pelo qual também sofreis” - (2TS 1.2-10).

Para o discípulo, sofrer por causa de Jesus e de Seu evangelho é mais uma questão de regozijo do que de desespero. Demonstra que Deus honra a fidelidade de seus santos. É um grande privilégio em seu Reino ser achado digno de sofrer pelo Reino:

• “Bem-aventurados sois quando os homens vos odiarem, e quando vos separarem da sua companhia, e vos afrontarem, e lançarem o vosso nome como mau, por amor do Filho do Homem. Alegrai-vos nesse dia, e saltai de alegria! Pois eis que a vossa recompensa é grande no céu. Pois da mesma maneira faziam seus pais aos profetas” – (LC 6:22-23).

A perseguição também demonstra a justiça de Deus. Assim como os crentes fiéis serão recompensados nesse dia. Eles receberão “justo julgamento” de Deus:

• “Justo é que Deus retribua aflição aos que vos afligem <…> na revelação do Senhor Jesus do céu com os anjos do seu poder em chamas de fogo, vingando os que não conhecem a Deus, e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” – (2TS 1:7).

Por enquanto, Jesus permanece “no céu” onde reina escondido dos olhos humanos até que seja “revelado” naquele último dia.

A cláusula grega traduzida como “em fogo flamejante” refere-se ao fogo da destruição que cairá sobre os ímpios naquele dia, “destruição eterna” e banimento da presença do Senhor. Sua revelação significará glória para aqueles que creram no evangelho, mas a destruição será o destino dos homens e mulheres que o rejeitaram.

O termo “destruição” do Portugues traduz o substantivo Grego 'olethros', a mesma palavra que Paulo aplica em 1 Tessalonicenses à “destruição inesperada” que cairá sobre os despreparados naquele último dia:

• “Quando dizem: Paz e segurança, então lhes sobrevém repentina destruição, como trabalho de parto sobre a mulher grávida; e certamente não escaparão” - (1 Tessalonicenses 5:3).

Para nós, esse dia significará estarmos reunidos diante de Jesus, “quando ele vier para se tornar todo-glorioso em seus santos e para se maravilhar em todos os que creram.” Sua chegada resultará em nossa salvação e na “obtenção da glória de Jesus”, porque cremos no Evangelho e suportamos fielmente as aflições – (1 Tessalonicenses 4:13-18, 5:9, 2 Tessalonicenses 2:1-14).

Antes que chegue o Dia do Senhor, “A Apostasia” deve ocorrer junto com “a revelação do Filho da destruição.” A revelação deste enganador significará também sua queda, pois Jesus o destruirá na “manifestação de sua chegada.” Os injustos e apóstatas serão julgados, porque “não receberam o amor da verdade”, e igualmente perecerão – (2TS 2:8-12).

As várias descrições de Paulo demonstram que o único retorno de Jesus no final desta era afetará crentes e incrédulos. Será um dia de grande finalidade. Os santos serão vindicados e recompensados, mas os ímpios serão condenados e punidos. “A revelação do céu” de Cristo coincidirá com “o Dia do Senhor.” Na verdade, os Termos agora são sinônimos, e é por isso que o Apóstolo Paulo rotula este evento, “o dia de nosso Senhor Jesus Cristo.”

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VEJA TAMBÉM:

• Entendendo os tempos - (Jesus de Nazaré, o crucificado, é a chave interpretativa que abre as escrituras hebraicas e desvenda o Deus invisível)

• A Tempestade Iminente - (O Novo Testamento alerta para uma futura apostasia causada por enganadores e principalmente pelo Filho da destruição antes que chegue o Dia do Senhor)

• Falsos Profetas e Impostores - (O Novo Testamento adverte repetidamente sobre a vinda de enganadores e falsos profetas que farão com que muitos se afastem da fé)

• The Revelation of Jesus - (When Jesus is revealed from Heaven, the saints will experience glory, but the wicked will receive everlasting destruction)